Pequeno Café

Chovia forte do lado de dentro do pequeno café
de fora, o céu, aparentemente tão limpo e suave
O vento forte que vinha das mesas
fazia-me desacreditar da possibilidade do ocorrido
As pessoas completamente encharcadas continuavam seus pensamentos falados
Eu, moço rapaz, que falo de menos continuei assim
Soltei as palavras e os gritos através das janelas da minha alma...
Será que ninguém me ouviu?
Pensa ele.
Melhor assim então.
Um pedido de socorro veio
no primeiro verso de uma perdida canção
Você consegue sentir isso?
Você consegue sentir o quão louco é tudo isso?
Ele, que sou eu, pergunta a cada gota que esfria o seu café
10 segundos de olhos desligados e é novo o prisma
O café continua quente
E todas as gotas que foram questionadas desaparecem...
Um gesto de carinho marca o desenlace de um momento turvo
e a calma se despede quando ele(eu) encontra a chuva do seu lado de fora.

O leve peso do medo

Eu pensei em mil maneiras de me dirigir a alguma coisa
E resolvi pular de todos os prédios mesmo com medo
a velocidade do ar poderia machucar os ossos
mas no levantar, a alma estaria intacta
perfeito número de cores
tintas jamais vistas
Receio do que pode vir
??claro que tenho!!
vontade de viver no asfalto também
Eu me sinto vivo
Livre é pedir demais
Me perco em duas ou mais árvores
E não me canso
nem me despeço
do que sinto
e do que senti